linhares - Famílias Italianas no Espírito Santo

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LINHARES
         
          Em 1894, o Governo procurou Intensificar novamente a imigração italiana, para o Rio Doce, tendo, para Isso, construído barracões em Malaquias, Moniz Freire e outros lugares. Era uma providêncIa para a colonização de Linhares. Falhou, porém, tal iniciativa, porque as enchentes, resultantes das chuvas torrenciais, alagaram as margens. Irompeu o pavor do impaludismo, que juncou de cadáveres os barracões!... Escapos dessa trágica recepção, na terra de suas esperanças, os poucos sobreviventes arrastaram-se em retirada, através de caminhos primitivos, em busca de socorro, na ânsia de salvação, encontrada, afinal, após longa e penosa jornada, em Antonio Prado. Seguiram para Itapina e Mascaranhas.

Dos sobreviventes dessa catástrofe, existem os Pavan, Os Vitali, Os Oliva. por exemplo, que passaram. depois, para outros lugares.

Não houve, assim. Imigração organizada para esse município. Os descendentes, porém, para aí se dirigiram, a contar, mais ou menos de 1940, vindos de Alfredo Chaves, Cachoeiro do Itapemirim, Rio Novo do Sul, Gurapari, Santa Teresa etc. Conseguimos localizar, em Linhares, as seguintes famílias:


Alpini Ardison Armani Arrivabene Bamburro Bassetti Biancardi Bolonini

Bonisenha Busato Caliman Campo Dal´Orto Capelini Capilla Carminatti Casagrande

Caus Ceolimo Cipriano Colodetti Dazzi Fae Feragotti Fioretti Frisso

Gava Giuberti Grassi Grazziotti Magnago Pagotto Pazzini Pella Perim Perini

Pessim Piantavinha Pontini Pratti Salaroli Sartorio Scaramussa Scarpati

Serafini Sergani Taquetti Torela Venturin Viguini


Atualmente, é grande a concentração em Bananal, onde se encontra a maioria dessas famílias.

Mas, Bananal tem história bonita. Um grupo de homens fortes e decididos, em 1931, resolveu, machado em punho, avançar, para vencer a selva e transforma-la em propriedade. Era formado pelos irmãos Pedro, Alberto e Guerini Ceolin, que se fixaram, na confluência dos córregos Trinritimirim e Bananal. Abateram a primeira árvore e abriram uma clareira, onde se plantou um cafezal e, para esperarem a produção do

café, plantaram milho, feijão e mandioca, de par com o arroz, nas várzeas disponíveis. Introduziram, no lugar, o porco e as galinhas.

A região desenvolveu-se.

Vindos do município de Castelo e outras direções, vencendo a mata, abrindo picadas e enfrentando o perigo dos animais, mormente as cobras, outro grupo, formado por Egidio Venturim, Luis Estringer e João Casagrande, em 1937, formou-se em Bananal, como seus desbravadores. O resultado foi Bananal de Cima e Bananal de Baixo.

Uma picada aberta foi recurso de comunicação com a sociedade, mediante uma tropa.

Rapidamente, o povoado cresceu e, como o italiano guarda, com fervor, a pureza da fé trazida da Itália, ergueu-se um templo no lugar, antes, uma Cruz. E providenciou-se uma escola, dos pioneiros.

O templo referido congregava todos para a oração do trabalho e da confiança em Deus, pela Pátria e a família.

Em 1954, a sede do Distrito de Bananal tinha cento e oitenta prédios bem construída matriz. Bananal foi elevado a município, em setembro de 1979- Lei 3.293, de 14 de setembro.

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